sábado, 22 de setembro de 2012

Você e sua Carreira, Como Estão?

Belo texto sobre as fases da carreira. Percebo que alguns jovens em momentos tem dificuldade de entender alguns aspectos relacionados a isto, querendo de forma imediata o topo e como resultado se frustram e desistem rápido demais.

boa leitura..

Você e sua Carreira, Como Estão?
Este tema é translúcido? corriqueiro? importante?
Sabemos que, mesmo diante de muitos livros escritos sobre este tema, palestras proferidas, muitos artigos de auto ajuda envolvendo este amplo assunto, pessoas se vêem refém deste questionamento.
Como vai sua carreira? Ela tem se desenvolvido?
Muito bom seria se desde muito cedo, logo ao sair da universidade, pudéssemos, com muito vigor, definir e buscar o que almejamos para um futuro que nos parece longo.
Alguns autores afirmam que a Carreira é formada por três fases distintas e importantes:promessa – impulso – colheita.
Apromessa está relacionada com fase universitária e se estende até por volta de 30 anos. A partir daí deve-se começar a vivenciar a fase doimpulso, onde já se reúne experiências que geram e confirmam o prazer ou gosto por uma área. Nesta fase, o profissional deve estar preparado ou já ocupando cargos de decisão, ser um formador de opinião dentro do contexto em que se insere.
Nesta fase quase tudo acontece: promoções, convites de concorrentes/mercado, bons salários e benefícios, mas é ai também que se precisa pensar a longo prazo, fazer investimentos e poupar para o futuro, pois ela se estende até aproximadamente 50 anos, arremetendo o profissional a fase dacolheita.
A fase dacolheita, se bem preparada, é muito agradável. Trabalha-se pensando em tudo que tem para contribuir, ensinar, facilitar, com grande visão de um planejador. Pensa-se sim no retorno financeiro, mais como um complemento do que pagamento, como na fase do impulso, mesmo porque já foi pensado e poupado para este futuro que chegou.
Profissionais ao refletirem sobre estas fases, percebem que não conseguiram fazer a gestão correta de sua carreira. Tendem a colocar a culpa em algo ou alguém, esquecendo que a gestão da carreira é particular, de interesse e responsabilidade própria.
A reflexão sobre gestão da carreira deve ser feita, no mínimo, anualmente. Se ao término de um ano, o profissional não tiver algo novo para acrescentar em seu curriculo, não está cuidando desta gestão.
Artigo escrito por Regina Izabel Cadelca.
Consultora de Carreira, Psicóloga, com especialização em Gestão do Conhecimento pela FGV e certificada em Coach pela International Coaching Community. Sua expertise está focada em transição de carreira, coaching e assessment.

sábado, 15 de setembro de 2012

Evento Dia do Administrador

Diálogo importante sobre o uso da tecnologia e os riscos pelo uso indevido e potenciais de ganho para as empresas e profissionais. Comemoração ao Dia do Administrador.  Promoção do Centro Acadêmico do Curso de Administração da FAI Faculdades. Com Flavia Luciane Scherer, Rosiane Oswald, Silviane Lawall, Valicir Melchiors Trebien.

Parabéns aos organizadores!!!!

domingo, 6 de maio de 2012

Os filhos que estamos criando....

Bela reflexão!

Um jovem de nível acadêmico excelente, candidatou-se à posição de gerente de uma grande empresa.

Passou a primeira entrevista e o diretor fez a última entrevista e tomou a ultima decisão.

O diretor descobriu através do currículo que as suas realizações acadêmica seriam excelentes em todo o percurso, desde o secundário até à pesquisa da pós-graduação e não havia um ano em que não tivesse pontuado com nota máxima.

O diretor perguntou: "Tiveste alguma bolsa na escola?" O jovem respondeu: "nenhuma".

O diretor perguntou: "Foi o teu pai que pagou as tuas mensalidades?" O jovem respondeu: "O meu pai faleceu quando tinha apenas um ano, foi a minha mãe quem pagou as minhas mensalidades."

O diretor perguntou: "Onde trabalha a tua mãe?" E o jovem respondeu: "A minha mãe lava roupa."

O diretor pediu que o jovem lhe mostrasse as suas mãos. O jovem mostrou um par de mãos macias e perfeitas.

O diretor perguntou: "Alguma vez ajudaste a tua mãe a lavar as roupas?" O jovem respondeu: "Nunca, a minha mãe sempre quis que eu estudasse e lesse mais livros. Além disso, a minha mãe lava a roupa mais depressa do que eu."

O diretor disse: "Eu tenho um pedido. Hoje, quando voltares, vais e limpas as mãos da tua mãe, e depois vens ver-me amanhã de manhã."

O jovem sentiu que a hipótese de obter o emprego era alta. Quando chegou a casa, pediu feliz à mãe que o deixasse limpar as suas mãos. A mãe achou estranho, estava feliz mas com um misto de sentimentos e mostrou as suas mãos ao filho.

O jovem limpou lentamente as mãos da mãe. Uma lágrima escorreu-lhe enquanto o fazia. Era a primeira vez que reparava que as mãos da mãe estavam muito enrugadas, e havia demasiadas contusões nas suas mãos. Algumas eram tão dolorosas que a mãe se queixava quando limpas com água.

Esta era a primeira vez que o jovem percebia que este par de mãos que lavavam roupa todo o dia tinham-lhe pago as mensalidades. As contusões nas mãos da mãe eram o preço a pagar pela sua graduação, excelência acadêmica e o seu futuro.

Após acabar de limpar as mãos da mãe, o jovem silenciosamente lavou as restantes roupas pela sua mãe.

Nessa noite, mãe e filho falaram por um longo tempo.

Na manhã seguinte, o jovem foi ao gabinete do diretor.

O diretor percebeu as lágrimas nos olhos do jovem e perguntou: "Diz-me, o que fizeste e aprendeste ontem em tua casa?"

O jovem respondeu: "Eu limpei as mãos da minha mãe, e ainda acabei de lavar as roupas que sobraram."

O diretor pediu, "Por favor diz-me o que sentiste."

O jovem disse: "Primeiro, agora sei o que é dar valor. Sem a minha mãe, não haveria um eu com sucesso hoje. Segundo, ao trabalhar e ajudar a minha mãe, só agora percebi a dificuldade e dureza que é ter algo pronto. Em terceiro, agora aprecio a importância e valor de uma relação familiar."

O diretor disse: "Isto é o que eu procuro para um gerente. Eu quero recrutar alguém que saiba apreciar a ajuda dos outros, uma pessoa que conheça o sofrimento dos outros para terem as coisas feitas, e uma pessoa que não coloque o dinheiro como o seu único objetivo na vida. Estás
contratado."

Mais tarde, este jovem trabalhou arduamente e recebeu o respeito dos seus subordinados. Todos os empregados trabalhavam diligentemente e como equipe.
O desempenho da empresa melhorou tremendamente.


Uma criança que foi protegida e teve habitualmente tudo o que quis, vai desenvolver- se mentalmente e vai sempre colocar-se em primeiro. Vai ignorar os esforços dos seus pais, e quando começar a trabalhar, vai assumir que toda a gente o deve ouvir e quando se tornar gerente, nunca vai saber o sofrimento dos seus empregados e vais sempre culpar os outros. Para
este tipo de pessoas, que podem ser boas academicamente, podem ser bem sucedidas por um bocado, mas eventualmente não vão sentir a sensação de objetivo atingido. Vão resmungar, estar cheios de ódio e lutar por mais. Se somos este tipo de pais, estamos realmente a mostrar amor ou estamos a destruir o nosso filho?

Pode deixar o seu filho viver numa grande casa, comer boas refeições, aprender piano e ver televisão num grande plasma. *Mas quando cortar a relva, por favor deixe-o experienciar isso. Depois da refeição, deixe-o lavar o seu prato juntamente com os seus irmãos e irmãs. Isto não é porque não tem dinheiro para contratar uma empregada, mas porque o quer amar como
deve de ser. Quer que ele entenda que não interessa o quão ricos os seus pais são, um dia ele vai envelhecer, tal como a mãe daquele jovem. A coisa mais importante que os seus filhos devem entender é a apreciar o esforço e experiência da dificuldade e aprendizagem da habilidade de trabalhar com os outros para fazer as coisas.*

*Quais são as pessoas com mãos enrugadas por mim? *


desconeço o autor.

domingo, 22 de abril de 2012

Gosto desta estória! Bom pra pensar.....

O vendedor de tomates

Um homem que estava desempregado, entra num concurso da Microsoft para ser faxineiro.
O gerente de RH o entrevista, faz um teste (varrer o chão) e lhe diz: "O serviço é seu"; me deu seu e-mail e eu lhe enviarei a ficha para preencher, e a data e hora em que deverá se apresentar para o serviço.
O homem, desesperado, responde que não tem computador e muito menos, e-mail. O gerente de RH, disse que lamenta, mas se não tiver e-mail, quer dizer que virtualmente não existe, e, como não existe, não pode ter o trabalho.
O homem sai, desesperado, sem saber o que fazer; somente tem R$10 reais no bolso.

Então decide ir ao supermercado e comprar uma caixa de
de 10 quilos de tomates. Bate de porta em porta vendendo os tomates a quilo, e, em menos de duas horas tinha conseguido duplicar o capital. Repete a operação mais três vezes e volta a casa com R$60 reais.

Então, ele verifica que pode sobreviver dessa maneira, sai de casa cada dia mais cedo e volta a casa mais tarde, e assim triplica ou quadruplica o dinheiro a cada dia. Pouco tempo depois, compra uma Kombi, depois troca por um caminhão e pouco tempo depois chega a ter uma pequena frota de veículos para distribuição.

Passados cinco anos, o homem é dono de umas das maiores distribuidoras de alimentos dos Estados Unidos. Pensando no futuro da sua família, decide tirar um seguro de vida. Chama um corretor, acerta um plano e quando a conversa acaba, o corretor lhe pede o e-mail para enviar a proposta. O homem disse que não tem e-mail.
Curioso, o corretor lhe disse: Você não tem e-mail e chegou a construir este império, imagine o que você seria se tivesse e-mail!!!
O homem pensa e responde:
- Seria faxineiro da Microsoft!!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

ELOGIE DO JEITO CERTO - dica de um psicólogo

Muito interessante esta pesquisa. Entendo que vale para o mundo dos adultos também.


Elogie do jeito Certo

Por Marcos Meier*

Recentemente um grupo de crianças pequenas passou por um teste muito interessante. Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam sem grandes problemas. Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempo. Em seguida, foram divididas em dois grupos.

O grupo A foi elogiado quanto à inteligência. "Uau, como você é
inteligente!", "Que esperta que você é!", "Menino, que orgulho de ver o quanto você é genial!" ... e outros elogios à capacidade de cada criança.

O grupo B foi elogiado quanto ao esforço. "Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou na tarefa!", "Menino, que legal ter visto seu esforço!", "Uau, que persistência você mostrou. Tentou, tentou, até conseguir, muito bem!" ... e outros elogios relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si.

Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à
primeira foi proposta aos dois grupos de crianças. Elas não eram
obrigadas a cumprir a tarefa, podiam escolher se queriam ou não, sem qualquer tipo de consequência.

As respostas das crianças surpreenderam. A grande maioria das crianças do grupo A simplesmente recusou a segunda tarefa. As crianças não queriam nem tentar. Por outro lado, quase todas as crianças do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram a nova tarefa.

A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos e nossos alunos. O ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis. As crianças "inteligentes" não querem o sentimento de frustração de não conseguir realizar uma tarefa, pois isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas. "Se eu não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligente". As "esforçadas" não ficam com medo de tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que
será elogiado. Nós sabemos de muitos casos de jovens considerados inteligentes não passarem no vestibular, enquanto aqueles jovens "médios" obterem a vitória. Os inteligentes confiaram demais em sua capacidade e deixaram de se preparar adequadamente. Os outros sabiam que se não tivessem um excelente preparo não seriam aprovados e, justamente por isso, estudaram mais, resolveram mais exercícios, leram e se aprofundaram melhor em cada uma das disciplinas.

No entanto, isso não é tudo. Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam aprender valores, princípios e ética. Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas. Não se consegue nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um. É preciso que sejam incentivados constantemente a agir assim. Isso se faz com elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado.

Nossos filhos precisam ouvir frases como: "Que bom que você o ajudou, você tem um bom coração", "parabéns meu filho por ter dito a verdade apesar de estar com medo... você é ético", "filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela menina nova ao invés de tê-la excluído como algumas colegas fizeram... você é solidária", "isso mesmo filho, deixar seu primo brincar com seu video game foi muito legal, você é um bom amigo". Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam o comportamento da criança que tenderá a repeti-los. Isso não
é "tática" paterna, é incentivo real.

Por outro lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual. "Que linda você é amor", "acho você muito esperto meu filho", "Como você é charmoso", "que cabelo lindo", "seus olhos são tão bonitos". Elogios como esses não estão baseados em fatos, nem em comportamentos, nem em atitudes. São apenas impressões e interpretações dos adultos. Em breve, crianças como essas estarão fazendo chantagens emocionais, birras, manhas e "charminhos". Quando adultos, não terão desenvolvido
resistência à frustração e a fragilidade emocional estará presente.

Homens e mulheres de personalidade forte e saudável são como carvalhos que crescem nas encostas de montanhas. Os ventos não os derrubam, pois cresceram na presença deles. São frondosos, copas grandes e o verde de suas folhas mostra vigor, pois se alimentaram da terra fértil.

Que nossos filhos recebam o vento e a terra adubada por nossa postura firme e carinhosa.

* Marcos Meier é psicólogo, professor de Matemática e mestre em Educação. Especialista na teoria da Modificabilidade Estrutural Cognitiva de Reuven Feuerstein, em Israel. Também conhecida como teoria da Mediação da Aprendizagem.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Discurso Paraninfa - Formatura Administração - Fai faculdades 18/02/2012


Ilmo. Superintendente da instituição de ensino, Sr. Leandro Sorgato. 
IIma. Coordenadora do curso de Administração, Professora Rosiane Oswald; 

Ilmo. Patrono da Turma, Professor Ari Soethe;
Ilmo. Professores Homenageados, Professores Airton Soehn e Professor Ricardo Tomazelli; 

Ilmo. Delegado do Conselho Regional de Administração - Adm. Enio Luiz Fandaruff

Também cumprimento demais professores, funcionários da instituição e autoridades aqui presentes.
Queridos Pais, cônjuges, filhos, amigos, namoradas e namorados dos formandos desta noite; 

de forma especial, Queridos formandos,

Primeiramente gostaria de agradecer a vocês o convite para paraninfa da turma. Fiquei muito feliz e honrada em poder estar aqui neste último ato formal desta etapa da vida acadêmica de vocês.

Buscando na literatura o termo "paraninfo" tem origem na Grécia e refere-se aqueles que eram responsáveis por acompanhar, tomar conta, e proteger. Passado o tempo, o termo ganhou o significado de "padrinho”.
De acordo com esta tradição, cabe ao paraninfo,  o dever, diante dos seus afilhados, de felicitá-los, acompanhá-los e protegê-los.
Dentro deste contexto, cabe-me conduzi-los, aconselha-los para caminhos que serão responsáveis por escolhas que perdurarão por toda vida. São estas escolhas pessoais e definitivas que faz e fará de vocês adultos conscientes do seu potencial e da sua essência primordial.
Uma solenidade de graduação marca tanto o fim de um caminhar como o começo de uma nova caminhada. Vendo nesta perspectiva, é uma forma de despedida que fica sendo uma porta entre dois mundos: o que foi e o que virá.

Em outras literaturas encontramos o entendimento do discurso do paraninfo como a última aula.
É uma alegria poder estar aqui, com vocês  para nossa ultima aula, sendo testemunhada pelas pessoas que vocês amam.

Tenho pensado muito no que eu poderia dizer neste momento tão importante.  No livro  O Mundo é Plano, Thomas Friedman faz um mapeamento do futuro do mercado de trabalho e as perceptivas em relação ao trabalho humano e a produção de bens. Segundo ele frente as mudanças que estão acontecendo e fazendo uma analise do perfil das pessoas que terão sucesso neste ambiente de negócios Friedman, coloca que o conselho que muitas vezes recebemos de nossos pais, professores ou até do paraninfo, ou paraninfa,  da turma, dizendo que devemos buscar em nossas profissões fazer o que a gente ama, não é um conselho água com açúcar. É uma premissa que cada vez mais significará uma estratégia de sobrevivência.

 O ser humano somente consegue ser criativo em atividades que ele ama e consequentemente, lhe dão prazer e despertam significado. Quando o trabalho não desperta satisfação e significado, além dos problemas organizacionais de desempenho e produtividade surgem impasses como falta de equilíbrio entre carreira e família, abuso de drogas, álcool e depressão, todos estes, sintomas claros de ausência de prazer e significado na vida.

 Ao nascer recebemos  magníficos presentes ou dons – talentos, capacidades, privilégios, diferentes tipos de inteligência e oportunidades. Por causa destes dons o potencial existente dentro de uma pessoa é tremendo, até mesmo infinito. Precisamos nos esforçar para desenvolver estes dons e quanto mais usarmos e ampliarmos nossos talentos atuais, mais talentos receberemos  e maior se tornará nossa capacidade.

Além de usar e ampliar a utilização dos dons que a vida presenteou eu peço  como paraninfa, que vocês sempre busquem a utilização sábia do espaço entre o estímulo e a resposta, a chamada liberdade de escolha.

 Estudando a vida de todos os grandes realizadores, os que exercem ou exerceram uma enorme influencia sobre outras pessoas, os que fizeram contribuições significativas, os que fizeram as coisas acontecerem, sempre encontramos o mesmo padrão. Por meio do esforço persistente e da luta interior, eles expandiram enormemente suas inteligências ou capacidades.

Qualquer pessoa que tenha exercido uma profunda influencia sobre outras, em instituições, família ou na sociedade, qualquer um que tenha realmente feito uma diferença, possuía três atributos em comum: visão, disciplina e paixão. Como diz Covey, no seu livro o 8 habito, esses três atributos governam o mundo desde seus primórdios.

O primeiro atributo : A visão envolve enxergar  um estado futuro com o olho da mente. Todas as coisas são criadas duas vezes: primeiro, tem lugar uma criação mental, segundo uma criação física.

A primeira criação é a visão, ela representa desejos, sonhos, esperanças, objetivos e planos. Cada um de nos tem um imenso poder e grande capacidade de reinventar  a vida. Einstein já dizia: “ A imaginação é mais importante do que o conhecimento”. A visão é maior do que a historia.

E a visão mais importante que todos devemos desenvolver é o sentimento  da nossa missão e do nosso papel exclusivo na vida, um sentimento de propósito e significado.

O segundo atributo é a disciplina que  é tão importante quanto a visão. Ela é a execução, o fazer acontecer, o sacrifício, o esforço necessário para concretizar a visão. É o processo de subordinar o prazer de hoje  em prol de um prazer maior, a longo prazo. Ao contrario do que muitos pensam apenas pessoas disciplinadas são verdadeiramente livres.

O terceiro atributo é a paixão. A paixão nasce no coração e se manifesta como otimismo, empolgação, conexão emocional, determinação.

Aristóteles dizia: “ a nossa vocação reside onde se cruzam os talentos e as necessidades do mundo”  Ali reside nossa paixão, aquilo que nos energiza e nos dá impulso. É o que nos dá força para continuar quando tudo mais pode nos querer levar a desistir.

O segredo para criar paixão na sua vida é descobrir os seus talentos exclusivos, seu papel e seus propósitos especiais no mundo.

 Na nossa profissão de administradores temos o compromisso de ajudar as pessoas e organizações a buscar significado para a existência humana e de suas instituições.   Como administradores  em muitos momentos lidamos com o intangível, onde precisamos entender que o fator humano, pelo seu potencial criativo e inovador é a grande possibilidade de resultado das organizações. Fazer um equilíbrio entre o curto prazo e o longo prazo. Sem curto prazo uma empresa quebra. Sem longo prazo ela quebra também. Investir nas pessoas é investir no lucro futuro. Todo ser humano tem talento. A equação: pessoas excelentes + produtos excelentes é a que com maior facilidade garante o sucesso de qualquer instituição.

 Também como seres humanos a melhor forma de medir o significado de nossas vidas é nossa contribuição para a valorização da vida, da integridade das nossas relações e do comportamento harmonioso que partilhamos com as pessoas de nossa convivência pessoal e profissional.

E, como professora,  peço-lhes algumas pequenas grandes coisas:
Gostaria que vcs mantivessem sempre viva a vontade de aprender. Não apenas em sua área, na especialidade que vocês escolheram, mas, sem preconceito ou qualquer vaidade, aprendam sobre tudo. Enriqueçam-se com leituras de qualidade e outras fontes de informação, busquem enriquecer suas experiências culturais. Utilizem aquilo que aprenderam em sala de aula, e busquem mais; não se contentem apenas com o que nós, professores, lhes ensinamos; busquem mais. Quero vocês, ousados e determinados, mas também humanos, éticos e responsáveis em suas atitudes.

 No mais, eu gostaria de agradecê-los de coração pelo convívio, pelas discussões, pelas risadas que tivemos ao longo da nossa caminha  e fazer com que saibam que sempre estarei de braços abertos, com muita satisfação e alegria para recebê-los, seja para ajudá-los em alguma coisa ou mesmo para jogar a conversa fora.

Para mim vocês são seres humanos maravilhosos, com enorme potencial, que deixaram suas marcas em minha alma e o significado disso é difícil ser expressado por palavras.


 Desejo a vcs sucesso na integralidade da palavra. Sucesso pessoal, sucesso profissional, sucesso material, sucesso emocional e espiritual em todas as vossas realizações.

 E para finalizar eu peço a Deus que acompanhe a caminhada de vocês, e de todas as pessoas que vocês amam.

 Muito Obrigado.


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Cresce a participação de pessoas com 50 anos ou mais no mercado de trabalho.

Tenho assistido e acompanhado noticias de empresas que estão "desaposentando", trazendo de volta ex executivos com o objetivo de tocar novos projetos ou projetos diferenciados, treinar novos profissionais, ou simplesmente trazer a experiência, a vivência e esta maturidade de volta para a empresa. Isto tem sido tratado por algumas empresas como um assunto estratégico pois com o mercado de trabalho bastante agitado e aquecido, a vivência e a experiência destas pessoas pode contribuir de forma decisiva para a sustentabilidade do negócio.
Claro que existem espaços para muitos tipos de ocupação entre profissionais com mais idade e vivencia como até  estatisticamente isto esta sendo mostrado na noticia abaixo:

Cresce a participação de pessoas com 50 anos ou mais no mercado de trabalho

SÃO PAULO - Foi-se o tempo que pessoas com mais de 50 anos eram sistematicamente substituídas por profissionais mais jovens dentro das empresas.
De acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a presença de pessoas com 50 anos ou mais no mercado de trabalho está crescendo e encerrou o ano passado em 22%.
O número é 0,5 ponto percentual maior do que o apurado em 2010, de 21,5%. Em 2003, o grupo de 50 anos ou mais representava apenas 16,7% da população ocupada. Segundo o Instituto, no ano passado, os demais grupos etários apresentaram redução ou estabilidade na participação no mercado de trabalho.
Rendimentos
O estudo do IBGE analisou também o rendimento médio do trabalhador brasileiro em 2011 e, conforme o levantamento, no ano passado, o rendimento médio mensal encerrou-se estimado em R$ 1.625,46, um crescimento de 2,7% em relação a 2010.
Quando considerados os rendimentos de homens e mulheres, contudo, a pesquisa apontou disparidades entre os gêneros, sendo que as mulheres ganham em torno de 72,3% do valor recebido pelos colegas do sexo masculino. O rendimento delas ficou em R$ 1.343,81 e o deles, em R$ 1.857,64.
O instituto informa que a diferença permaneceu constante em relação a 2010, interrompendo os avanços que ocorreram desde 2007.

26 de janeiro de 2012 • 13h50Por: Gladys Ferraz Magalhães

domingo, 29 de janeiro de 2012

O Elefante na sala: Usando a Neurociência para Aprimorar os Relacionamentos no Trabalho

As organizações e profissionais  podem ganhar muito usando as inteligeêcias e habilidades próprias de cada gênero. 

leia mais sobre isto;

O Elefante na sala: Usando a Neurociência para Aprimorar os

Relacionamentos no Trabalho

Resumo

Os novos conhecimentos em neurociência, que resultam da compilação de informações de pesquisas recentes em neurociência social, psicologia positiva e técnicas de imagem avançadas, nos dão ferramentas para entender e ampliar a habilidade de homens e mulheres trabalharem juntos. Unidas, essas informações estão se tornando conhecidas como “inteligência de gênero” e estão sendo adotadas por diversas organizações progressistas. Empresas como Deloitte & Touche, IBM e PriceWaterHouse Coopers têm visto resultados financeiros, que incluem maior retenção de mulheres, ao treinarem seus gestores a usarem a inteligência de gênero no ambiente de trabalho. Usar os princípios da neurociência, especialmente os relacionados às diferenças de gênero, pode ter um impacto positivo em times ágeis, na cultura corporativa e no sucesso organizacional.

O que é todo esse rebuliço, afinal?

Parece que, em todo lugar que olhamos hoje em dia, há artigos descrevendo as implicações das novas descobertas científicas sobre o cérebro. Das páginas do New York Times a Harvard Business Review a Fast Company, os cientistas nos fornecem novas informações atormentadoras, que desafiam muito do que pensávamos que sabíamos sobre o que nos move e porque interagimos com os outros do modo que fazemos. Alguns anos atrás, o Dr. Eric Kandel, ganhador do Prêmio Nobel de Bioquímica em 2000, disse em uma palestra que essa pesquisa é claramente a nova fronteira entre a medicina e a ciência, e que provavelmente ela irá alterar substancialmente e melhorar nossa compreensão sobre os indivíduos e a sociedade. Enfocamos aqui três dessas linhas de pesquisa, as mais relevantes para os membros de organizações: a neurociência social, a psicologia positiva e a tecnologia de imagem.
Resumidamente, podemos descrever estas três áreas da seguinte forma:
A neurociência social A neurociência social é o estudo do que acontece no cérebro quando as pessoas interagem. Daniel Goleman, talvez mais conhecido por seu trabalho sobre inteligência emocional, desenvolveu uma ideia que chama de "inteligência social". Enquanto a inteligência emocional é essencialmente um processo intrapessoal, a inteligência social é interpessoal. Segundo Goleman, as pessoas estão “loucas para saber” que somos impiedosamente levados a uma ligação íntima entre os cérebros, sempre que nos envolvemos com outra pessoa. Essa ponte neural nos permite influenciar o cérebro – e, portanto, o corpo - de todos com os quais interagimos, assim como eles fazem conosco. Esta “dança neurológica” estimula nossos sistemas nervosos, afetando hormônios, frequência cardíaca, circulação, respiração e sistema imunológico. Goleman descreve os caminhos neurais relevantes, que incluem o tálamo e a amígdala, que juntos regulam os estímulos sensoriais e a excitação. Ele fala dos neurônios fusiformes, que rapidamente processam decisões sociais; dos neurônios-espelho, que sentem os movimentos dos outros; dos neurônios dopaminérgicos, que reagem aos neurotransmissores indutores de prazer, que são os que fluem livremente enquanto dois amantes se olham.
A Psicologia Positiva é um novo ramo da psicologia, centrada no estudo do bem-estar e do enriquecimento da vida humana. Pesquisadores como o Dr. Jonathan Haidt, da Universidade da Virgínia, têm estudado as respostas químicas e hormonais geradas pelo testemunho de atos de coragem moral e comportamento entusiasmado. A Dra. Barbara Fredrickson, da Universidade da Carolina do Norte, descobriu que viver emoções positivas na razão de 3-para-1 em relação às negativas leva as pessoas a um ponto máximo, no qual elas naturalmente se tornam mais resistentes à adversidade e podem atingir o que antes só podiam imaginar.
A tecnologia de imagem A tecnologia de imagem é o mundo da ressonância magnética funcional (RMf), da tomografia por emissão de pósitrons (PET), da Tomografia computadorizada por emissão de fóton único (SPECT) e de outras tecnologias de imagem cerebral não-invasivas, que nos permite ver o interior do cérebro humano em tempo real, enquanto ele está resolvendo um problema, vivendo uma emoção ou estabelecendo confiança em outra pessoa. Diferenças entre homens e mulheres têm sido claramente documentadas em áreas estruturais, químicas/hormonais e funcionais. Pesquisadores como Daniel Amen, Michael Gurian e Barbara Amis desenvolveram ideias geralmente chamadas de "inteligência de gênero" para descrever o provável impacto dessas diferenças no comportamento.

Por que a “Inteligência de Gênero” importa para as organizações?

As mulheres são bem-sucedidas atualmente em todos os níveis organizacionais e ocupam pouco mais de 50% dos papéis de gerência e profissionais/técnicos, de acordo com dados de 2007 da Catalyst, um grupo de pesquisa e defesa das mulheres no local de trabalho. Apesar desse progresso, pelo ritmo atual, serão necessários mais de 47 anos para as mulheres atingirem igualdade no nível executivo ou em cargos de chefia. Claramente, a ideia constatada na década de 1970, que simplesmente ter mulheres talentosas nas empresas levaria à equidade de gênero, provou-se inadequada. Numerosos estudos, como o recente “The Athena Factor” (O fator de Athena), publicado no Harvard Business Review, relatam que muitas mulheres deixam a vida organizacional por causa de ambientes de trabalho hostis e de pressões extremas no emprego. A comunicação ineficaz, influenciada em parte por diferenças de gênero, pode contribuir para a percepção de desconforto, que resulta na decisão de deixar a organização. Enquanto as taxas de retenção caem, os custos de recrutamento e treinamento aumentam. Depois de formar seus dirigentes em diferenças de gênero baseadas no cérebro, a Deloitte & Touche viu melhora imediata nas taxas de retenção, com as quais a empresa estima ter economizado US$ 250 milhões de dólares.
aposentadoria, as organizações devem examinar as estratégias para lidar com as condições de trabalho que sejam capazes de atrair mulheres e homens, e de aumentar a probabilidade de estabilidade no emprego. A inteligência de gênero é um instrumento-chave que podemos utilizar.

Por que a “Inteligência de Gênero” importa para os times Ágeis e as organizações?

Embora não tenham sido realizados estudos, a evidência empírica e anedótica indica que a ênfase do Agile na qualidade de vida no trabalho, incluindo um ambiente de trabalho colaborativo, relações fortes, multi-funcionalidade e ritmo sustentável, atrai um número maior de mulheres para projetos e times ágeis. Participantes comentam sobre a maior proporção de mulheres em conferências sobre Agile, em comparação a conferências sobre software em geral, “onde nunca há uma fila no banheiro das mulheres".
A qualidade de vida no trabalho pode atrair as mulheres para o Agile. Atrair as mulheres é uma coisa, mas mantê-las é outra. Todo mundo quer saber se sua contribuição para o trabalho é valorizada pelos outros integrantes da equipe. No entanto, muitas vezes as mulheres não recebem o mesmo reconhecimento pelo valor que agregam que os homens.
Recentemente, ouvimos um comentário de um desenvolvedor sênior: "[Procuramos] uma liderança forte, na prática..." Na verdade, ele pode valorizar a liderança orientada para o sexo masculino, como a liderança de pensamento, expressa através de ideias energicamente defendidas em blogs ou escrita em livros sobre a liderança do pensamento assertivo, ou de uma forma agressiva ou mesmo confrontadora, protegendo os elevados padrões de perícia profissional. Tanto isso existe que algumas comunidades de software têm se perguntado: "Por que somos tão antipáticos?"
O desenvolvedor e seus colegas podem negligenciar ou não ver o valor em outros tipos de prática de liderança, como ser a “cola organizacional” que mantém as equipes de planejamento de conferência unidas ou ser co-autor de artigos com diversos colegas - um tipo diferente de “liderança servidora”.
Além disso, os membros de profissões dominadas pelos homens, como o desenvolvimento de software, podem consciente ou inconscientemente tratar colegas do sexo feminino de formas que passam dos limites da cortesia e diminuem as chances de uma relação de trabalho eficaz. Isso pode levar a casos extremos como os ataques na web contra blogueiras ou contra mulheres que ousaram falar contra uma nota de rodapé que relegava as mulheres a partes do corpo. A própria existência de tais situações pode dificultar as interações entre os homens e mulheres da equipe, de modo que as mulheres trabalhem em um "campo" de hiper-vigilância, algo não vivido por seus colegas do sexo masculino.
Os esforços em manter unidas as equipes eficazes serão beneficiados se houver, entre os líderes e os membros das equipes, uma compreensão mais ampla da inteligência de gênero. Além disso, a inteligência de gênero fornece um conjunto de habilidades para aumentar o fluxo de comunicação e o feedback – que são a espinha dorsal dos projetos Agile.

Então, quais são as diferenças entre nossos cérebros?

Existem diferenças significativas entre os cérebros masculino e feminino em três áreas. Elas são encontradas em estruturas do cérebro, na quantidade de fluxo sanguíneo e na química cerebral. Aqui estão algumas das principais conclusões sobre as maneiras pelas quais os cérebros dos homens e das mulheres diferem:
  • Testes de QI de inteligência geral não mostram nenhuma diferença geral... a diferença aparece em diferentes tipos de inteligência.
  • Cérebros masculinos mostram períodos de descanso frequentes, ou seja, "sem pensar em nada". Isso acontece muitas vezes por dia. Os cérebros das mulheres não fazem isso, exceto durante o sono. As mulheres muitas vezes interpretam essa diferença incorretamente como comportamento “contido” ou um desejo de não compartilhar.
  • Os cérebros masculinos têm 6,5 vezes mais massa cinzenta. A massa cinzenta serve como centros de processamento de informações e leva a “foco, foco, foco”. As mulheres têm 10 vezes a quantidade de matéria branca, o que contribui para a conectividade entre os centros de informação, permitindo mais multi-tarefas, mais facilidade de linguagem e um “processamento” emocional mais rápido.
  • Os homens têm mais gânglios M na retina, que permitem que os homens percebam objetos se deslocando no espaço com mais facilidade. As mulheres têm mais gânglios P, que lhes permitem ver detalhes finos e de cores.
  • O hipocampo nos homens é menos ativo, contribuindo para a menor ligação entre a memória e os centros emocionais/verbais do cérebro. Os homens muitas vezes não se lembram de discussões (positivas ou negativas), enquanto as mulheres têm lembranças detalhadas.
  • A amídala nos homens tende a ser maior. Quando estão com raiva, os circuitos verbais dos homens tendem a se fechar, e a amídala os levam a ter uma expressão mais física da emoção, ao contrário do processamento verbal exibido pelas mulheres.
  • Os homens têm 20 vezes mais testosterona e também têm vasopressina. Ambos diminuem o interesse em falar e aumentam a agressão, a necessidade de poder social, a competitividade e a territorialidade. Esses hormônios foram essenciais na sociedade agrária para o sucesso das caças. A testosterona aumenta e diminui durante o dia, atingindo geralmente seu pico das 9 às 11 horas da manhã. Alguns estudos de operadores financeiros britânicos demonstraram que os negócios mais arriscados tendem a ocorrer nesse período.
  • As mulheres têm mais ocitocina, às vezes chamada de hormônio de "ternura e amizade". A ocitocina promove a ligação pessoal útil para a construção da comunidade e para a criação dos filhos, tarefas sociais inerentemente realizadas pelas mulheres há muito tempo.
  • Nos cérebros das mulheres, a linguagem tende a ocorrer em ambos os hemisférios direito e esquerdo, enquanto nos homens a linguagem tende a ocorrer apenas no esquerdo. Levando em conta a escrita, a fala e a leitura, as mulheres usam muito mais palavras em um dia do que os homens.
  • O cerebelo nos homens tende a ser maior do que no cérebro feminino. Ele é um centro de ação e movimento físico, que contribui para a tendência masculina de ação e fisicalidade.
  • As mulheres têm 20% mais fluxo de sangue pelo cérebro. No sistema límbico, uma das consequências deste aumento do fluxo sanguíneo é que as mulheres estão constantemente avaliando e reavaliando contextos, como expressões faciais, tons de voz etc. Distúrbios que inibem as pessoas de entender nuances sociais, como o autismo e a Síndrome de Asperger, são aproximadamente 8 vezes mais comuns no sexo masculino.
  • As meninas, quando bebês, têm tanto estrogênio no seu cérebro quanto uma mulher adulta. O estrogênio é um neurotransmissor tão potente que, nos primeiros três meses de vida, uma menina tem um aumento nas habilidades de contato visual e observação facial 400% maior que um menino. Esta capacidade de “ler” os rostos é uma vantagem que as mulheres mantêm sobre os homens ao longo de suas vidas. Louann Brizendine, autora de “O cérebro feminino”, refere-se ao cérebro feminino como "uma máquina construída para a conexão", em parte devido a essa habilidade.

Temos que ser A ou B?

Na verdade, um em cada sete homens e uma em cada cinco mulheres têm o que chamamos de “cérebros ponte". São pessoas que têm um pouco mais das características do sexo oposto em termos de perfil do cérebro. Um homem com “cérebro ponte”, por exemplo, pode correr menos riscos físicos do que muitos de seus pares, evitar profissões altamente competitivas, ser atraído por esportes menos agressivos, etc.
A ciência cognitiva nos diz que o cérebro é capaz de mudar por meio de foco ou através do que David Rock e Jeffrey Schwartz chamam, em seu trabalho sobre a neurociência da liderança, de densidade de atenção. No entanto, enquanto a plasticidade do cérebro tem recebido muita atenção recentemente, alguns aspectos do funcionamento do cérebro não são tão sensíveis à mudança, por serem interligados. Em nenhum lugar isso é mais verdadeiro do que nas diferenças cerebrais entre os gêneros. A criação é importante, mas ela não supera a natureza. É mais útil pensar em termos de áreas do cérebro que têm alta plasticidade versus as que têm baixa. Um exemplo de alta plasticidade é o número de línguas que você pode aprender a falar. Um exemplo de baixa plasticidade é o fato de que as mulheres têm mais prolactina, que produz maiores glândulas lacrimais que, por sua vez, produzem mais lágrimas.

Implicações Organizacionais

Uma vez que as pessoas entendam algumas das diferenças básicas, elas tenderão a olhar para as situações cotidianas nas organizações de uma maneira um pouco diferente. As mulheres (e alguns homens) que usam muitas palavras podem se tornar mais atentos aos “olhares parados” dos homens com os quais estão falando, que acham que elas já chegaram ao ponto. Os homens podem começar a apreciar como as mulheres usam suas habilidades de relacionamento para construir consensos e para fazer as pazes depois de controvérsias.
Como um exemplo, pense em uma reunião muito difícil entre um arquiteto e um desenvolvedor líder, que se torne muito “quente”. O estresse do conflito aumenta os níveis de cortisol, produzindo mais testosterona nos homens e um comportamento mais agressivo e dominante. Em mulheres, o aumento do cortisol produz mais ocitocina, o que leva a um comportamento de maior busca de harmonia. Uma estratégia em que ambos os participantes da reunião se sintam bem sobre a decisão final dará o melhor resultado, mesmo que se leve mais tempo para chegar lá.
Gestores, mentores e membros das equipes que entendam algumas das diferenças básicas entre os cérebros podem adaptar seu estilo de interação com os membros do sexo oposto, conforme seja mais apropriado. Digamos que uma mentora Agile esteja em seu escritório com um desenvolvedor muito irritado. Ele está totalmente frustrado com os outros membros de sua equipe. Se a mentora reage da maneira mais provável que reagiria a outra mulher, dizendo: "Eu entendo como você se sente frustrado. Vamos tomar um café e me diga como você está se sentindo... ", não devemos nos surpreender se o sujeito ficar realmente chateado e ainda mais frustrado. Em vez disso, a mentora “inteligente em gênero" poderia oferecer passos de ação para o desenvolvedor, como: "Vamos fazer uma lista das coisas que você já tentou. Em seguida, produza algumas alternativas que você possa executar imediatamente".
Talvez, posteriormente, a mentora possa perguntar sobre os "sentimentos" do desenvolvedor sobre a situação. No entanto, não deve começar com isso. Ela poderia usar uma abordagem mais eficaz, como perguntar algo como: "O que você acha que está acontecendo na organização, que poderia estar levando a equipe a este comportamento?"

Implicações na Liderança

Outro aspecto crítico na compreensão das diferenças entre os cérebros é entender que homens e mulheres tendem a incorporar a liderança de formas um pouco diferentes. Enquanto nos níveis mais altos da organização, a inteligência social necessária para a liderança não mostre diferenças entre os gêneros, na população em geral e nos níveis inferiores da organização parece haver algumas diferenças na maneira que os homens e as mulheres se comportam nos papéis de liderança. Reconhecer essas diferenças nos ajuda a ampliar, não estreitar, o pool de talentos em potencial. Simplificando, podemos resumir essas diferenças como:
Os líderes homens tendem a:
  • Criar vínculos por meio de curtos períodos de conexão
  • Minimizar a emoção
  • Concentrar-se no padrão de pensamento
  • Promover a tomada de riscos e a independência
Líderes mulheres tendem a:
  • Criar vínculos por meio de longas conversas
  • Mostrar mais ligações pró-ativas
  • Enfatizar em atividades complexas, multitarefas
  • Procurar métodos de empatia direta
  • Serem mais dispostas a trocar a independência pela "interdependência"

Resumo

Embora a biologia não seja o destino, não devemos ter medo de reconhecer que há influências sobre o cérebro que vêm de nosso gênero como "machos" ou "fêmeas". Admitir isso não deve levar à desigualdade ou à injustiça. Em vez disso, podemos usar a neurociência para melhorar os relacionamentos e a comunicação. Entender essas áreas de diferença sem estereotipar pode melhorar as formas que gerenciamos conflitos, negociamos, fazemos vendas, reuniões, e lideramos e conduzimos equipes. Pode nos ajudar a construir ambientes mais saudáveis, onde homens e mulheres possam ser autenticamente quem são e contribuir ao máximo.

Sobre os autores

Diana Larsen presta consultoria para líderes e equipes, para que criem processos de trabalho nos quais a inovação, a inspiração e a imaginação floresçam. Com mais de quinze anos de experiência trabalhando com profissionais técnicos, Diana enfoca o lado humano das organizações, equipes e projetos. Ela ativa e fortalece a proficiência de seus clientes na formação de um ambiente para equipes produtivas e prósperas, em tempos de mudança. Descobre soluções e possibilidades onde os outros só encontram barreiras e obstáculos. Ela pode ser contatada pelo email dlarsen@futureworksconsulting.
Diana é co-autora de Agile Retrospectives: Making Good Teams Great! . Atual Presidente da “Agile Alliance Board of Directors”, ela co-fundou a conferência "Agile Open Northwest" e a internacional " Retrospective Facilitators Gathering". Realiza frequentemente palestras, nacional e internacionalmente, sobre tópicos de desenvolvimento para equipes Agile.
Sharon Buckmaster, Ph.D. presta treinamento e consultoria para líderes de organizações, que desejam criar postos de trabalho que sejam sustentáveis economicamente, eticamente e socialmente. Ela desenvolveu uma perspectiva clara sobre a mudança organizacional que se constrói nas forças individuais e organizacionais, a fim de enfrentar os desafios em geral.
Vê a arte da liderança como um esforço criativo moldado pelo contexto e pelo caráter. É especialista em trabalhar com líderes. Seu interesse na liderança das mulheres a levou a fundar a Women's Center for Applied Leadership e sua dissertação “Standing Up and Standing Proud: Senior Executive Women Who Advocate for Gender-Equity”, disponível em www.futureworksconsulting.com). Ela é associada do Center for Gender in Organizations, do Simmons College e atualmente leciona no programa de Mestrado em Applied Information Management, da Universidade de Oregon. Pode ser contatada pelo email sbuckmaster@futureworksconsulting.com.

Leituras sugeridas sobre pesquisa de neurociência:

Brizendine, L. (2006). The Female Brain. New York: Broadway Books.
BBC.com “Sex I.D.: Find Out How Your Mind Works.”
Goleman, D. & Boyatzis, R. (2008) Social Intelligence and the Biology of Leadership. Harvard Business Review, 9.
Goleman, D. ( 2006) Social Intelligence: The New Science of Human Relationships. New York: Bantam Books.
Gurian, M., & Annis, B. (2008). Leadership and the Sexes: Using Gender Science to Create Success in Business. San Francisco: Jossey-Bass.
Haidt, J. ( 2006). The Happiness Hypothesis. New York: Basic Books.
Hewitt, S., Luce, C.B., Servon, L., Sherbin, L., Shiller, P., Sosnovich, E., et al. (2008). The Athena Factor, Reversing the Brain Drain in Science, Engineering, and Technology. Harvard Business Review Reports.
Neal, Rome. “Take the Male Brain Questionnaire: Actions of a Man or a Woman.”
Rock, D. & Schwartz, J. The Neuroscience of Leadership. (5/06) www.strategybusiness.com.

Como construir um cerébro para ter sucesso.

Ótimo texto.

Como construir um cerébro para ter sucesso.
A ciência desvenda como funcionam as estruturas cerebrais de pessoas bem-sucedidas e aponta as estratégias para que cada um tire o melhor do seu cérebro para ser também um vencedor.


A psicologia já forneceu pistas sobre as características de personalidade que ajudam uma pessoa a ter sucesso na vida – segurança e perseverança estão entre elas. Agora, é a vez de a neurociência revelar como funciona o cérebro de indivíduos bem-sucedidos e o que cada um pode fazer para usar o poder do órgão em benefício próprio. Pelas descobertas obtidas, o que se pode depreender é que o cérebro de uma pessoa vencedora opera, sim, de modo diferente, com a ativação de áreas que a impulsiona em direção aos objetivos e a inibição de outras, que atuam como freios.
Alguns dos achados mais importantes desvendam os processos cerebrais que levam um indivíduo a seguir motivado até alcançar um objetivo desejado. Sabe-se que essa capacidade – a da motivação – é uma das marcas mais fortes de quem consegue a realização no que faz. Nos Estados Unidos, cientistas da Universidade de Duke traçaram uma espécie de mapa da motivação, jogando luz sobre o mecanismo pelo qual uma simples vontade transforma-se em uma ação real. De acordo com eles, para que isso ocorra, as primeiras áreas do cérebro a serem ativadas são o córtex pré-frontal e o orbitofrontal. “Eles identificam boas oportunidades de crescimento pessoal ou profissional”, explicou à ISTOÉ Timothy Strauman, do Departamento de Psicologia e Neurociência da instituição americana. Depois, entram em ação os circuitos responsáveis por detectar, no ambiente, as condições necessárias para a realização do desejo. “Quando essas partes trabalham juntas, a pessoa começa a agir em busca do que quer”, diz o pesquisador.
O interessante é que indivíduos de sucesso possuem a capacidade de manter esse sistema muito mais ativado. Um trabalho realizado na Washington University School of Medicine deixou isso evidente. Os pesquisadores submeteram voluntários à exposição de imagens que provocavam tédio ou estímulo. Durante todo o tempo, monitorou-se a atividade cerebral dos participantes. Observou-se que os mais realizados mantinham as áreas associadas à motivação acionadas mesmo diante das imagens entediantes. “Eles se mantêm motivados porque acreditam que terão uma bela recompensa”, disse à ISTOÉ Debra Gusnard, uma das responsáveis pela experiência.
img1.jpg
MÚLTIPLA
Lu Cottini vive parte do mês em São Paulo, onde faz direção de arte de vídeos
e participa do projeto Mentes Brilhantes, do Ibope, dedicado a oferecer soluções
criativas a clientes. Nos outros dias, fica no seu ateliê de roupas e tapetes em uma antiga
estação de trem em Minas Gerais. “Essa mudança de atividade instiga meu cérebro”
Na Universidade de Michigan, os pesquisadores se depararam com outra característica cerebral que descobriram ser típica dos vencedores: o poder de focar a atenção no que estão fazendo e na meta a ser conquistada. Daniel Weissman e sua equipe verificaram que os participantes que haviam atingido os melhores resultados nos testes de raciocínio eram os que dificilmente se distraíam. Nessas pessoas, áreas do córtex cingulado anterior são mais ativas do que nas demais. Essa região atua como um alarme que avisa ao cérebro quando estamos nos distanciando do objeto ao qual precisamos nos conectar. “Quem tem sucesso parece capaz de treinar o cérebro para melhorar essa rede de atenção”, disse à ISTOÉ Jeff Brown, da Harvard Medical School. Ele é um dos autores do livro “O Cérebro do Vencedor”, lançado no Brasil recentemente e no qual estão relacionadas algumas das pesquisas mais atuais sobre o tema.
G_cerebro.jpg
À primeira vista, conhecer as capacidades cerebrais próprias de vencedores pode assustar. Pode-se ter a impressão de que eles são criaturas especiais, dotadas de algo inacessível à maioria das pessoas. Porém, a outra grande lição da neurociência a esse respeito é que todos podem desenvolver tais habilidades. “O cérebro pode ser moldado e modificado”, afirmou o cientista Brown. O pesquisador entende que isso pode ser obtido usando-se a capacidade do próprio cérebro de criar novos caminhos neuronais, a chamada neuroplasticidade. “‘É um trabalho duro, mas é possível construir um cérebro para ser um vencedor”, assegurou Brown.
Um exemplo dessa adaptabilidade cerebral a que se refere o cientista é a modificação pela qual passaram taxistas londrinos, como registrou um estudo da University College London. Após mapear o cérebro de 16 motoristas, a cientista Eleanor Maguire descobriu que o hipocampo deles era maior do que o das pessoas em geral. Essa estrutura participa da memória e do senso de navegação espacial. Por que era mais desenvolvida nos taxistas? Simplesmente porque eles costumavam passar pelo menos três anos treinando, estudando trajetos, nomes de ruas, direções, etc. Dessa maneira, refinaram uma estrutura cerebral indispensável para que fossem bem-sucedidos na profissão que escolheram.
A partir de constatações como essas, a ciência está empenhada em desenvolver ferramentas que possibilitem o aprimoramento cerebral. A prática regular de alguma atividade física é sabidamente um recurso eficiente. Não é por outro motivo que o neurocientista John Medina, da Universidade de Washington, instalou uma esteira ergométrica no seu escritório. “Em vez de tomar café, ando dez minutos na esteira. Isso estimula meu raciocínio”, diz ele, autor do livro “Aumente o Poder do Seu Cérebro”, recém-lançado no Brasil. Agora, as pesquisas estão mostrando que a atividade física ajuda a configurar um cérebro mais capaz já na infância. Um dos trabalhos que confirmam isso foi realizado na Universidade de Illinois (EUA). Os cientistas selecionaram crianças com idades de 9 a 10 anos e fizeram uma comparação entre o nível de condicionamento físico de cada uma e o tamanho do hipocampo, área também associada à aprendizagem. “Aqueles que tinham melhor preparo físico apresentavam um hipocampo maior e obtiveram desempenho superior nos testes de raciocínio”, disse Laura Chaddok, autora do trabalho. Ela constatou que as crianças com mais condicionamento tinham ainda maior capacidade de integrar diferentes tipos de informação.
img4.jpg
FOCO
Em cinco anos de carreira, a grafiteira carioca Pamela Castro se tornou internacionalmente
conhecida e ganhou prêmios. Mas ela tem uma tática: durante alguns dias, se fecha em casa
para planejar suas ações. “A concentração amadurece o trabalho e a técnica”
img3.jpg
CRIAÇÃO
Assim que termina um negócio, a empresária Débora Suconic (na foto, de óculos) inventa outro.
Neste momento, ela está abrindo um site para vender acessórios exclusivos,
como gravatas borboleta com strass e casquetes bordadas.
“Gosto desse movimento para manter a minha mente funcionando bem”
A ciência não conhece bem os mecanismos neurobiológicos que o exercício desperta. Também não há certezas sobre o tipo de atividade física mais eficiente e qual deve ser sua duração. Por essa razão, a pesquisadora Michelle Voss, também de Illinois, decidiu avaliar se manter uma atividade física moderada poderia reforçar a capacidade cognitiva. A resposta é sim. “Fazer exercícios aeróbicos por 40 minutos, três vezes por semana, é suficiente para gerar efeitos após seis meses de prática”, disse Michelle à ISTOÉ. “Os benefícios parecem ser ainda maiores depois de um ano se exercitando.”
Dos laboratórios de pesquisa estão saindo outras estratégias para ajudar a moldar um cérebro vencedor. Um dos experimentos mais curiosos foi feito na Universidade de Oxford, na Inglaterra, com 15 jovens. Parte deles foi submetida à aplicação, no cérebro, de correntes elétricas de baixa intensidade. Outra passou apenas por uma simulação de aplicações. Os jovens submetidos à estimulação tiveram um desempenho na matemática muito melhor do que os outros. “Seis meses depois esses jovens ainda tinham aumentadas suas habilidades para lidar com os números”, disse Cohen Kadosh, líder do trabalho.
Mais um campo de investigação é o uso de ultrassom. Os cientistas sabiam que essa energia influencia a atividade dos nervos, mas queriam descobrir se também atuava sobre circuitos cerebrais. A técnica, por enquanto avaliada apenas em ratos, foi testada na Universidade do Arizona. Nos experimentos, viu-se que as ondas de ultrassom modificam o padrão de atividade no hipocampo. “Por isso, a técnica poderá ser útil para melhorar a cognição”, disse Yusuf Tufail, autor do trabalho. O ultrassom estimulou também a produção de uma substância, o fator neurotrófico derivado do cérebro, que tem papel importante na formação de novos neurônios e na redistribuição de funções que o próprio cérebro faz.
Como o cérebro tem sido investigado de pontos de vista diferentes – observam-se aspectos moleculares, genéticos e anatômicos –, os vários achados estão compondo um painel impressionante sobre como o órgão é vulnerável e responde, bem ou mal, a circunstâncias diversas. E como tudo isso afeta sua performance. Há poucos meses, por exemplo, os pesquisadores constataram o papel importante de duas substâncias no seu funcionamento. Uma delas, o hormônio estrógeno, exerce influência positiva. “Ele atua no aumento das terminações nervosas dos neurônios, o que eleva a quantidade de sinapses”, disse à ISTOÉ Deepak Srivastava, da Universidade Northwestern. Sinapses são os pontos de contato de um neurônio e outro, em que ocorre a transmissão do impulso nervoso. Quanto maior o seu número, maior a circulação de informação no cérebro – algo muito positivo para manter a vitalidade do órgão.
G_Cerebro_2.jpg
O ácido quinurênico, o outro composto, ao contrário, é prejudicial. “Sua presença em maior quantidade no cérebro parece corresponder a uma redução na percepção, na memória e na capacidade de navegação espacial”, disse à ISTOÉ Robert Schwarcz, da Escola de Medicina da Universidade de Maryland. O inverso também foi observado. “Pessoas com menores quantidades dessa substância no cérebro são melhores nessas funções”, diz Schwarcz.
Outras pesquisas confirmam a validade de preceitos da filosofia oriental quando o objetivo é construir um cérebro para ter sucesso. Uma delas é respeitar o ritmo do órgão – e dar a ele um descanso, inclusive – quando se quer obter dele o melhor. Por isso, o budista e mestre em meditação Stephen Little, um ex-físico que ensina meios de melhorar a atenção, diz que é essencial saber a hora de parar. “É importante entender os sinais do corpo e fazer um intervalo para retomar o trabalho com a atenção renovada”, diz. Uma das suas técnicas favoritas é prestar atenção na própria respiração por alguns segundos para depois retomar a atividade.
img2.jpg
AERÓBICA
No final do dia, quando percebe que não vai conseguir uma boa solução de informática
para um cliente, o diretor comercial Orlando Cintra, da empresa GXS, para de trabalhar e vai correr.
“Depois, as respostas que eu procurava chegam com facilidade impressionante”
O método tem o respaldo da ciência. “O cérebro é o motor que move uma máquina. Se funcionar sempre na mesma rotação, limita seu desempenho. E se for exigido sempre no seu potencial máximo, vai se desgastar”, diz o neurocientista Luiz Eugênio Mello, da Federação Brasileira de Sociedades de Biologia Experimental. Por isso, um cuidado essencial para manter o motor – ou o seu cérebro – funcionando bem é variar o padrão de exigência e dar a ele períodos de repouso. Quando não está investigando formas de reabilitar funções cerebrais em pacientes que sofreram acidente vascular cerebral, o próprio Mello, por exemplo, vai pescar. “O importante é que a pessoa faça o que lhe dá prazer”, diz Ivan Okamoto, neurologista do Hospital Albert Einstein e coordenador do Instituto da Memória da Universidade Federal de São Paulo.
img.jpg
MEMÓRIA
A cantora e compositora Juliana Kehl foi ao médico porque andava distraída.
“Esquecia o caminho e ia para outro lugar.” Descobriu que estava sentindo os efeitos
da maratona de lançamento do primeiro CD e que precisava repor vitaminas
do complexo B e ferro, essenciais à memória

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Volta das férias -Depois do merecido descanso, como fazer para voltar ao ritmo o mais rápido possível

Olá amigos...férias terminando.. e a vida real cutucando a gente.....

pensei em postar algo sobre este momento de volta ao trabalho e suas dificuldades...



Dicas  para tornar mais fácil a volta ao trabalho.

Desfrutar das merecidas férias é saudável e necessário. Pela CLT que todo trabalhador tem o direito a um período de férias após 12 meses de trabalho. É o tempo que a pessoa precisa para si mesma, para colocar em prática algum projeto pessoal, viajar, descansar, fazer algum curso,  enfim: renovar as energias. Mas quando chega a hora de voltar  existem profissionais que demoram um pouco para retomar o ritmo de trabalho.

 Se isso acontece com você, não se culpe. Este sentimento de improdutividade e até certa lentidão para executar tarefas e tomar decisões é normal, aumentando  de acordo com a ampliação do tempo fora da empresa. São poucos os profissionais que voltam com toda a energia logo no primeiro dia.

Isso não significa que o profissional pode utilizar esses parâmetros como desculpa para continuar trabalhando  em “marcha lenta”. É preciso se organizar a fim de voltar ao ritmo de antes das férias  para não comprometer a produtividade e o desempenho profissional.

Depois das férias, os especialistas concordam que, em no máximo três dias, o profissional já está readaptado. A questão do retorno, dizem, não é só uma questão de planejamento, mas física e emocional  também. Durante o tempo de folga, acordar e dormir tarde, se alimentar em horários diferentes  acaba virando rotina e dificulta ainda mais a volta ao trabalho. Por isso,  dias antes tente colocar o relógio nos horários de antes das férias.


No primeiro dia de trabalho, organização é a palavra-chave. Evite desconfortos no ambiente de trabalho e não perca tempo. Trace prioridades logo no primeiro dia para não sentir-se perdido.

Procure saber quais os projetos que estão sendo tocados e conheça o ponto onde eles estão, ou mesmo veja como está algum projeto que estava em andamento antes das férias.
Dê uma boa olhada em sua caixa de mensagens e jogue fora tudo o que não se relacionar ao trabalho. Tente organizar por importância de assunto e vá resolvendo por prioridades.

Cuide da sua aparência. Se esforce para que ela traduza este momento de energia renovada. Se for preciso vá ao salão, faça as unhas, corte o cabelo;
E
ssas poucas dicas que podem fazer a diferença entre voltar ao trabalho revigorado, se adaptado novamente a rotina. E importante que se tenha em mente os bons momentos durante as férias e que traga esta sensação ao ambiente de trabalho. Com essas lembranças, o profissional conseguirá trabalhar melhor, manter a calma e serenidade para conseguir, mais facilmente, voltar a ter o ritmo e a produtividade de antes.