terça-feira, 16 de agosto de 2016

Psicologia e Finanças Comportamentais: o que é isso?

Psicologia e Finanças Comportamentais: o que é isso?






Finanças comportamentais é um ramo das finanças e da psicologia que se dedica ao estudo da influência da mente nas decisões relativas a dinheiro tanto no aspecto de investimentos como na forma de lidar com gastos do dia a dia. Esta é uma área relativamente nova e que busca conceitos de forma interdisciplinar com pesquisas da área de psicologia econômica, economia, finanças comportamentais e neuroeconomia. Comportamento financeiro pode ser tudo o que se relaciona com o uso do dinheiro. Por exemplo, algumas perguntas que podem ser feitas são: por que algumas pessoas economizam mais do que outras? Porque algumas fazem compras de forma impulsiva? Porque alguns são poupadores compulsivos e outros gastadores compulsivos? Estas situações e muitas outras estão diretamente relacionadas a aspectos emocionais pelos quais são movidas as decisões financeiras. A educação financeira pode contribuir para melhores decisões em finanças, mas ainda assim as decisões vão estar vinculadas a aspectos emocionais. Questões relativas a dinheiro normalmente meche muito com as emoções de todas as pessoas tanto no campo pessoal, familiar como profissional. Pesquisas demonstram que muitas dificuldades familiares e de relacionamento tem sua origem ou são agravas pela forma diferente que as partes enxergam, lidam e consequentemente decidem questões financeiras. As decisões financeiras na maioria das vezes buscam preencher anseios, carências ou aspirações de fundo emocional. Como seres humanos todos temos aspirações e anseios e dificilmente faremos uma decisão financeira apenas com aspectos racionais. Pesquisas indicam que as pessoas não pensam ou se comportam sempre de um jeito considerado “racional”. Na área da psicologia, há algum tempo fala-se que as pessoas não são racionais, mas isso não era uma ideia corrente em todos os círculos. Nas próximas semanas aprofundaremos este tema e o quanto ele pode contribuir para a construção de uma vida harmoniosa e plena.
(matéria publicada no Jornal força do oeste ed 965 de 29/06/2016